Por Luciene Almeida
Já faz algum tempo que quero escrever algo a respeito dessa nova maneira de se comunicar e/ou se relacionar no século XXI. Refiro-me às “redes sociais”, que surgiram no Brasil em 2004 com a criação do Orkut. Hoje, ultrapassado pelos tops de linha: Facebook, Twitter, Myspace e afins.Embora pareçam inofensivas e descoladas, a meu ver, as redes sociais tornaram-se um termômetro de popularidade, prontas para exterminar os verdadeiros relacionamentos, ultrajando-os com um novo padrão de comportamento, no qual o indivíduo abre mão de sua essência e passa a existir de maneira superficial.
Falando especificamente do Facebook - Rede social à qual recentemente me vinculei e não me adaptei - observei o seguinte: sempre tem alguém forçando uma integração ou socialização, principalmente com pessoas às quais acabaram de conhecer. O que evidencia uma carência afetiva escancarada, que dificilmente será suprida no cyberespaço.
Pense: Se já é complicado fazer amigos da maneira tradicional, imagine só pela Internet! Lugar onde cada um revela apenas parte de si... Aliás, nem isso, pois o que menos tem nas redes sociais são pessoas ponderadas ou resguardadas. Parece até um concurso implícito pra ver quem consegue ter mais projeção.
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As redes sociais tornaram-se vitrines nas quais você pretensiosamente define o tipo de pessoa quer ser e escolhe também o tipo de amigo quer ter. E pior! Fazem exatamente a mesma coisa com você! É algo mais ou menos assim: “Ah... Esse cara aqui é médico? Ok. Vou enviar um convite pra ele!”. Como se comprassemos um tomate no mercado.
Aonde esse mundo vai parar?! E o que aconteceu com a boa e velha conversa pessoal? Sinceramente, estou pensando em ir embora deste planeta. Não que eu queira morrer! Longe de mim!
Mas, se por acaso, você conhecer alguém que esteja vendendo passagem só de ida pra a Lua, por favor, me avise. Acho que por lá terei mais sucesso em fazer amizades do que seguindo os novos métodos desta Era tão globalizada. Em todo caso, antes de ir, me informarei primeiro para saber se São Jorge já tem perfil criado no Facebook.
Sei que soa antiquado, mas, em tempos de redes sociais quem consegue ter pelo menos um amigo de verdade é rei!
Ah! Coincidentemente encontrei um vídeo muito engraçado do Felipe Neto - "Não faz sentido - Mídias Sociais".